Memórias de tempos passados, apagadas pelo tempo tornam-se meras ilusões, por vezes mentiras.
O destino, que tudo tem o poder de juntar, num segundo, cruza duas pessoas, dois seres livres, no caminho uma da outra, num segundo, esses dois seres livres tornam-se prisioneiros de um coração alheio ainda por eles desconhecido e os olhares cruzam-se, os corações batem descompassadamente.
Mas o mesmo destino que teve o poder de aprisionar dois seres, de tornar dois estranhos possuidores um do outro, num segundo, os separou, tornou as linhas da vida que antes estavam entrelaçadas em duas linhas separadas e distantes onde um deles caminha para novos desafios do destino e o outro para um abismo de trevas e de imensa escuridão.
E agora pergunto-me: porque é que o destino, que tudo junta, num segundo, tudo separa?
Será que vale mesmo a pena amar quando se sabe que o seu final é a separação? Então de que serviu amar se no final dois apaixonados não passam de dois estranhos com feridas abertas que teimam em não sarar e se o sentimento que antes foi de amor e felicidade, tão depressa se transforma em indiferença e dor numa angustia permanente?
É curioso como dois seres podem estar a centimetros de distância um do outro e, no entanto, os seus corações estarem mais separados do que duas pessoas separadas por um continente.
É fácil dizer a palavra amar, dizer eu amo-te a alguém é simples, são só palavras, a verdadeira dificuldade, essa, está no sentimento verdadeiro, na compreensão do significado real da palavra amar, amar incondicionalmente alguém, isso sim é dificil e mais dificil ainda é amar, amar incondicionalmente alguém e não ser correspondido, olhar e não ser presenteado com um olhar, sorrir e não receber um sorriso em troca, mas também é isso que é o amor, dar sem esperar receber nada em troca. Se é facil? Não, amar nunca o foi e nunca o será. É bom? Não, é perfeito, uma perfeicao imperfeita que apesar de incompleta e perfeita!

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