Noite de Natal, noite de magia e de alegria para muitos; não para mim e, certamente, não para muitas outras pessoas que, neste dia que devia ser de felicidade e amor, vivem em condições que não lhes permitem ter um sorriso na cara.
Também eu passo esta quadra com lágrimas incessantes abafadas por sorrisos forçados. Custa fingir que está tudo bem quando acima de tudo dói, custa abrir os presentes e fingir felicidade e entusiasmo quando, na verdade, só me apetece fechar no escuro e gritar, gritar até conseguir expulsar esta dor, a dor de ter tudo mas de, no fundo, não ter nada, de ter menos que um mendigo que pede esmola para comer.
Ninguém consegue entender o motivo de este ano não ter escolhido o meu presente (como habitualmente acontece pelo Natal e por épocas festivas), a razão é muito simples: nem a mais bela fita no melhor embrulho, nem todo o dinheiro do mundo pode pagar o melhor dos presentes, o único que desejava receber com todas as minhas forças. O melhor presente do mundo é, sem sombra para dúvidas, ter as duas pessoas mais importantes da minha vida, as duas pessoas que fizeram a promessa e não a cumpriram, prometeram não partir e partiram, deixaram-me sozinha! Não necessito nomear nomes, quem pertence ao meu coração tem noção disso, pelo menos é o que espero. Estar só certamente é pior do que estar sozinho, porque quem está sozinho está por sua decisão e não se sente só. Agora quem está só, está por decisões alheias e faça o que fizer muito dificilmente tem o poder de sozinho mudar isso; porque, por vezes, quem está mais só é aquele que está rodeado de mais pessoas que se tornam em nada, são incapazes de preencher o vazio. Eu estou só, estou rodeada de gente e no fundo nenhum deles tem a capacidade de preencher o vazio, não estou sozinha mas hei-de estar sempre só.
É curioso como temos a capacidade de amar e de valorizar aqueles que nos desprezam e que por nós nada sentem e de desvalorizar aqueles que nos amam e nos tornam prioritários nas suas vidas. Talvez isso se deva ao facto de sabermos que essas pessoas, as que desvalorizamos, estarão sempre lá aconteça o que acontecer pois, ao contrário das pessoas que amamos erradamente, são elas que nos amam incondicionalmente e que nos irão amar para sempre. Tal facto dá-nos segurança mas também um certo medo pois levamos uma vida a tentar conquistar o coração daqueles que são donos do nosso próprio coração e, no entanto, nada muda eles continuam a sentir o mesmo. Se com o nosso esforço todo eles continuam indiferentes aos nossos gestos, então como é que as pessoas que ignoramos por vezes e que não damos o devido valor nos podem amar e suportar quem somos? E afinal quem somos mesmo na realidade? Sei quem fui e agora infelizmente sei quem sou, antes fui uma pessoa que não se cansava de amar que tinha todo o amor do mundo no seu coração, alguém que se atirava de cabeça, que amava com todas as forças, era alguém que amava e que sonhava, sonhava muito. Fui certamente alguém que acreditou ter asas e conseguir voar e posso dizer que fui alguém que voou, alguém que voou muito alto, alguém que se sentou nas nuvens, que tocou o sol, que contemplou as estrelas e que as segurou nas suas mãos, sou alguém que arriscou e ganhou tudo mas quanto mais se sobe pior é a queda e, no final das contas, o risco que corri, o tão alto que subi não compensou porque tudo o que ganhei numa vida, perdi num segundo, perdi o que tinha como certo e perdi tudo aquilo pelo qual tinha lutado e conquistado e tudo por acreditar, tudo por amar..
Tudo na vida se pode ver como duas faces da mesma moeda, o amor não é excepção à regra. Amar incondicionalmente alguém é a maior alegria do mundo, uma sensação que não se compara a nenhuma outra mas é como um veneno, como uma droga. Amar alguém a este ponto, torna-nos fracos, consome-nos por dentro e faz-nos cair cada vez mais num poço, numa escuridão muito difícil de retroceder. Quando amamos alguém incondicionalmente e não recebemos a mesma porção de amor dessa pessoa ou até mesmo amor nenhum, o amor torna-se uma droga em que o efeito passa dando lugar aos efeitos secundários que neste caso são piores que uma droga: temos a dor do mundo toda em cima de nós, o sol deixa de brilhar o mundo deixa de girar, tudo o que levamos anos a construir, a nossa independência desaparece no segundo em que os nossos olhos, em que o nosso coração se torna prisioneiro de outro ser. E, assim como as drogas, o amor é altamente viciante, quando nos entregamos a cem por cento a alguém, quando entregamos o nosso coração a alguém que não o merece, a alguém que não sabe o que fazer com ele, caímos numa espiral de dor que nos puxa mais e mais para um vazio que é impossivel de apagar, impossivel de tirar o vicio, o vicio de um amor verdadeiro.
Cada vez tenho mais certezas que o melhor presente quer seja de Natal, quer seja de aniversário ou de outra coisa qualquer, o melhor presente é a união e o amor, o presente que nem neste nem em Natal nenhum recebi e que também não tenho a esperança que isso aconteça. Posso dizer que me alimento no amor que dou aos outros, alimento-me a amar incondicionalmente alguém, é o meu vicio, é a minha droga...
sábado, 25 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Relato de um rapaz
''Tudo bem, nós queremos raparigas de boa onda, sexys, sedutoras, bonitas, inteligentes e simpática. É MUITO FÁCIL falar, porque quando nos aparece uma assim, de ''bandeja'', a primeira coisa que nós pensamos é: Ei, dei-me bem! Ficamos com ela uma vez, duas. E depois disso começamos a pensar que esta é a rapariga que as nossas mães gostariam de ter como noras. Se tivermos um relacionamento, vai ser algo estável. Vamos buscá-la à escola, vamos ao cinema, a um bar e vai haver sexo todas as semanas.. tudo muito básico, até se tornar uma rotina e perder a graça. Começamos a ver os outros rapazes bem vestidos e bem humorados e ir para as discotecas engatar miúdas e morremos de inveja, começamos a sentir falta de tudo isso. Pensamos: Acho que não estou pronto para isto, não me quero dedicar o resto da vida a este relacionamento. E a tal rapariga transforma-se numa ''MALA'', e começamos a sentir um grande nojo dela, uma aversão. Quando vemos o nome dela no ecrã do telemóvel, não temos vontade de atender.. JÁ ERA. A promessa de algo estável vai por água abaixo, e se ela não perceber o que se passa, nós começamos a ser secos, muito secos. E ela pensa: O que fiz?? Coitada ela não fez nada, a culpa é mesmo nossa.
Aí voltamos para a nossa rica vidinha, que nós mesmos odiávamos na semana passada. Esperamos ansiosamente a hora de sair para arrasar na noite.. ou até engatar aquela gata que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO, chegamos a casa depois dessa noite, sozinhos e ficamos a tentar descobrir porque é que não estamos satisfeitos. De repente percebemos que foi porque a tal gata, a linda, gostosa, misteriosa, que disse ''fico contigo'' nem sequer pediu o nosso número de telemóvel.
FRUSTRAÇÃO, apesar de tudo ficamos a pensar na nossa ex-namorada. Ela até podia ter os seus defeitos mas era boa onda, e ficava ao nosso lado a toda a hora a dar-nos valor. E enquanto isso a rapariga, chateada, magoada, não percebe que nós acabamos com ela. E essa dúvida vira ANGÚSTIA, que ainda vira raiva, ela manda-nos à PUTA QUE TE PARIU!!!!!
Não quer saber de mais nada, só de sair, aproveitar, sair, curtir com outros e sair. Resolve não se envolver com mais ninguém para não sair magoada ou chateada.. muito bem, acabámos de criar uma MONTRA! O tempo passa e continua tudo na mesma, continuamos a reclamar da vida e das raparigas. Elas só querem os rapazes ''cachorros'' e não estão nem aí para nós, ou será que nós é que fomos os tais ''cachorros''?
Elas são assim por nossa culpa. A mulher da noite hoje em dia, era uma boa rapariga de outro rapaz ontem, e assim sucessivamente.. provavelmente essa nossa ex-namorada está agora a enlouquecer a cabeça de outro rapaz por aí. Perdemo-la para sempre, ela virou uma rapariga enlouquecedora de cabeças de rapazes, e quando a encontramos na noite, ela? Ela nem olha para nós.. (mas estava mais linda que nunca)!''
Aí voltamos para a nossa rica vidinha, que nós mesmos odiávamos na semana passada. Esperamos ansiosamente a hora de sair para arrasar na noite.. ou até engatar aquela gata que sempre quisemos. GRANDE DESILUSÃO, chegamos a casa depois dessa noite, sozinhos e ficamos a tentar descobrir porque é que não estamos satisfeitos. De repente percebemos que foi porque a tal gata, a linda, gostosa, misteriosa, que disse ''fico contigo'' nem sequer pediu o nosso número de telemóvel.
FRUSTRAÇÃO, apesar de tudo ficamos a pensar na nossa ex-namorada. Ela até podia ter os seus defeitos mas era boa onda, e ficava ao nosso lado a toda a hora a dar-nos valor. E enquanto isso a rapariga, chateada, magoada, não percebe que nós acabamos com ela. E essa dúvida vira ANGÚSTIA, que ainda vira raiva, ela manda-nos à PUTA QUE TE PARIU!!!!!
Não quer saber de mais nada, só de sair, aproveitar, sair, curtir com outros e sair. Resolve não se envolver com mais ninguém para não sair magoada ou chateada.. muito bem, acabámos de criar uma MONTRA! O tempo passa e continua tudo na mesma, continuamos a reclamar da vida e das raparigas. Elas só querem os rapazes ''cachorros'' e não estão nem aí para nós, ou será que nós é que fomos os tais ''cachorros''?
Elas são assim por nossa culpa. A mulher da noite hoje em dia, era uma boa rapariga de outro rapaz ontem, e assim sucessivamente.. provavelmente essa nossa ex-namorada está agora a enlouquecer a cabeça de outro rapaz por aí. Perdemo-la para sempre, ela virou uma rapariga enlouquecedora de cabeças de rapazes, e quando a encontramos na noite, ela? Ela nem olha para nós.. (mas estava mais linda que nunca)!''
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Who am I?
(…) quando dei por mim, já não me reconhecia a mim mesma, já não sabia o que era sonhar, já não gostava de ninguém, já não tinha noção do tempo, mas sim, eu continuava a amar-te, eu continuava a querer estar contigo. Mas, há limites para tudo, e eu cheguei ao momento em que deixei de saber o que sentia, deixei de confiar em qualquer pessoa que fosse, deixei de falar, tentava apagar-te das minhas memórias, tentava apagar as marcas das tuas mãos nas minhas, tentava apagar o teu rosto dos meus olhos, eu não dormia com medo de sonhar contigo e não conseguir enfrentar um novo dia, eu não falava com ninguém com medo de proferir o teu nome, eu estava perdida, eu estava tão obcecada em tentar ignorar-te que me esqueci do que era viver. e tudo o que era meu, todos os que gostavam mesmo de mim, também me esqueci deles, (…)
domingo, 12 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Memories
Recordas as memórias mais intensas da tua vida, choras porque tens saudades, ninguém entende, pois só tu conheces o sabor das tuas recordações. Fazes planos a tentar substitui-las, sempre tentativas falhadas, mas não desistes. Guardas essas memórias como fotografias, insubstituíveis e eternas. Porque o que ficou gravado naquele momento, jamais poderá ser apagado.
eu olho para ti, fixo-me nos teus olhos, que parecem ser um poço sem fim de brilho e pureza, oiço o teu cabelo acompanhar o suave e quase imperceptível toque do vento, o nosso ritmo cardíaco esta desencontrado, e com os meus olhos fixos em ti e os meus ouvidos concentrados no que quer que estejas para dizer, percebo, finalmente, que te amo, e que nós nunca iremos ter um fim, mesmo que o «nós» seja um complexo de duas pessoas separadas por milhares de km preenchidos pela saudade, porque eu sempre vivi na esperança de que o amor é superior, a tudo
i miss you
e eu senti-me uma inútil, preenchida pelo arrependimento de ter acordado naquele dia, coberta pelo choque, e quando realmente me convenci de que realmente te tinha perdido, afoguei-me no enorme vazio que sentia, e que doía mais que qualquer outra coisa. só de pensar que poderia ter feito parte dos momentos mais feliz da tua vida, e que essa oportunidade se desvaneceu do nada, causava uma explosão de lágrimas que lavava a minha cara. agora, penso no que será de mim, pergunto-me se esta dor será para sempre, só me consigo imaginar a folhear páginas de livros que leste, tocar e cheirar roupas que vestis-te, passar a ponta dos dedos nos móveis de tua casa (…) perdi o rumo, e vou conforme o vento sopra, sinto-me rasgada, despedaçada, perdida nas memórias que me esforço por ver e rever, para nunca as esquecer, sinto-me dominada pela cruel verdade de que nunca mais te terei a meu lado,
Porquê?
porquê que me deixas-te? como não foste capaz de cumprir a tua promessa? "nunca te deixarei" foi o que disses-te, poucas vezes, mas da mais honesta maneira que alguma vez ouvi - e eu acreditava, porque te amava. e deixaste-me, sem nunca me exlicar porquê, fingindo que e...ra algo muito fácil, sem dares cobertura aos estragos que irias provocar, sem pensares no quanto isso me iria magoar, diz-me porquê, porquê que me deixas-te? não fui perfeita? a culpa foi minha?
leva tudo o que é meu, leva tudo o que eu sou, leva tudo contigo, não mereces, nem tens o direito de o fazer, mas já não tenho, não tenho mesmo, forças para continuar a lutar por nós. vou ceder, tipico de mim não? e aí sim, leva tudo contigo, pelo menos saberei que algo meu continuará contigo, e mesmo que seja a coisa mais estúpida que já pensei, tem todo o sentido para mim. o que realmente já não cabe na cabeça de ninguém (e eu finalmente percebi isso) é eu , eu estar a fazer o papel de menina feliz, quando a tua ignorância me destrói.
olhar..
eu olho para ti, fixo-me nos teus olhos, que parecem ser um poço sem fim de brilho e pureza, oiço o teu cabelo acompanhar o suave e quase imperceptível toque do vento, o nosso ritmo cardíaco esta desencontrado, e com os meus olhos fixos em ti e os meus ouvidos concentrados no que quer que estejas para dizer, percebo, finalmente, que te amo, e que nós nunca iremos ter um fim, mesmo que o «nós» seja um complexo de duas pessoas separadas por milhares de km preenchidos pela saudade, porque eu sempre vivi na esperança de que o amor é superior, a tudo
amo-te mas..
«já não me afecta, senti na pele a discriminação e a parte mais negra do ser humano, e acredita que foi muito difícil para mim, muito mais do que parece, e não me venhas dizer que sabes o que isso é, porque na verdade, crua e nua, não sabes, só quem passa por isto sabe. eu era o novidade da aldeia, era a anormalzinha, era a vergonha da família, e isso destruiu-me, e onde estavas tu? viste-me cair sem amparos, e simplesmente ficas-te a assistir ao espectáculo, deixando as pessoas olharem-me de lado, e rirem-se da minha autenticidade, isso não se faz. olho-me ao espelho e sinto orgulho daquilo em que me tornei, e por muito que o contradigam, eu sou pura. porque agora é-me indiferente, já não me deixo intimidar pelos risinhos, e pelos olhares cruéis, ao contrário de ti, tive a coragem de mostrar quem eu sou, e disso nunca me envergonharei, nunca(...)»
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